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Ar Fresco

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Exames... (2)

No último post havia manifestado a minha perplexidade para com a posição da Associação de Professores de Português (APP). Felizmente o Governo recuou nesta iniciativa e foi ao encontro do que havia afirmado: a necessidade de, no mínimo, se manter o exame de Português (caindo o de Filosofia)

Qual não é o meu espanto quando Paulo Feytor Pinto, presidente da APP, afirmou hoje:

Não percebemos por que é que o Ministério da Educação recuou nesta matéria. Nós concordávamos com o fim do exame obrigatório no 12º ano porque entendemos que não é o exame que resolve os problemas ao nível do desempenho dos alunos.

É óbvio que o exame não surgiu para vir melhorar a qualidade do ensino de Português, isso depende dos professores, do Governo e da própria APP. Os exames servem para muita coisa, que já enunciei aqui.

É esta dimensão sindicalista que me preocupa. Será porque os exames dão muito trabalho a conceber, pôr em prática e corrigir? Será que pelo facto de haver exames, os professores são obrigados a cumprir os programas? Será que os impressiona os maus resultados que constantemente têm vindo a ocorrer neste exame? Ou será, porque, para além das más condições em que trabalham (salas de aula, materiais auxiliares, manuais escolares, dimensão das turmas, "alunos problemáticos"), também eles têm a sua quota de responsabilidade?

As respostas virão com o tempo. Para já, bem haja a Ministra da Educação.

P.S - Sobre este assunto, aconselho também o post de Henrique Jorge.